Uruguai e Chile deram mais uma igualdade às estatísticas da Copa América, mas desse empate os críticos não têm do que se queixar. Em um jogo muito movimentado e com boas chances de gol para am bos os lados, as seleções ficaram no 1 a 1, nesta sexta-feira, no Estádio Malvinas Argentinas, em Mendoza, pela segunda rodada do Grupo C. O lateral-meia Alvaro Pereira, do Porto, e o atacante Alexis Sánchez, do Udinese e cobiçado pelo Barcelona, anotaram os gols da partida, recheada de ingredientes de um clássico local e certamente mais empolgante do que os duelos protagonizados por Argentina e Brasil até o momento.
Já os uruguaios, com dois pontos, têm campanha e situação semelhante à da Argentina. Eles pegam os mexicanos em La Plata com a necessidade da vitória, às 21h45m (de Brasília), para encerrarem a fase ao menos como um dos dois melhores terceiros colocados.
Primeiro tempo corrido, mas sem gols
A expectativa era que Uruguai e Chile fizessem o grande jogo da Copa América até então. Cumpriram os requisitos ao menos pela metade. Se a técnica não foi uma das principais qualidades, não faltou movimentação de ambos os lados. E também saíram gols.
Nos primeiros 45 minutos, no entanto, placar em branco e leve superioridade chilena. Sem Matias Fernandez, machucado na vitória contra o México, Borghi colocou Jiménez como armador da seleção roja. Serviu ao menos para reter a posse de bola – não à toa terminou a etapa inicial com 61%.
A grande chance ainda estava por vir. Aos 18, Cavani descolou lindo passe por cima da defesa para Suárez. O atacante do Liverpool, completamente livre, soltou a bomba, por cima do gol
Foi o suficiente para o Chile acordar. Quando já ocupava maior parte do tempo no ataque, a Roja resolveu finalizar. Primeiro com Vidal, aos 21, que viu a bola passar rente ao ângulo direito de Muslera. Sánchez, aos 34, também assustou de fora da área.
Ao Uruguai, restava aproveitar os contra-ataques e a fragilidade da defesa adversária. Aos 26, um recuo mal feito quase fez Forlán marcar após cruzamento de Suárez. Lance inusitado, mas que não pode ser comparado ao quase gol chileno aos 41. Sánchez deixou de calcanhar, o zagueiro Coates se antecipou e chutou com força na direção de Isla. A bola encobriu Muslera e carimbou o travessão. Aos 44, Beausejour recebeu na grande área e chutou cruzado. Centímetros impediram o grito de gol.
Etapa final ainda mais movimentada - e com a rede balançando...
Os torcedores também tiveram de adiar a comemoração aos 33 segundos do segundo tempo, mesmo quando Jiménez recebeu de Suazo, quase na pequena área, com relativo espaço. O meia-atacante demorou a se decidir e optou pela letra, facilitando a vida de Muslera.
O Chile não era pior, mas sofreu o gol aos oito. Suárez recuperou a bola da zaga chilena na grande área, levou para o lado esquerdo e rolou para Alvaro Pereira somente tocar na saída de Bravo. Até ali, poderia ser dito que a aposta de Tabárez dava certo, afinal, o jogador do Porto substituía o meia Lodeiro após estreia não muito convincente contra o Peru. Mas só até ali.
A torcida do Chile desanimou... E o time cresceu. O palmeirense Valdivia, que aqueceu durante quase todo o primeiro tempo, entrou e passou a ser o responsável pela armação. E justamente em sua primeira boa jogada saiu o empate. Aos 20, o camisa 10 deu bela enfiada na esquerda para Beausejour, que rolou para Sánchez tocar de bico: 1 a 1. O gol aqueceu os ânimos até na tribuna de imprensa, onde jornalistas dos dois países se provocaram e criaram pequena confusão.
No campo, o Chile passou a dominar. Aos 32, Sánchez usou de toda a sua agilidade para se livrar da marcação em um curto espaço e cruzar na medida para Paredes cabecear. Muslera voou na bola e impediu a virada. Os “donos da casa” tiveram mais oportunidades, a melhor delas aos 38, em cobrança de falta de Paredes, que também ficou no quase. Um empate que contraria a tônica da Copa América e, quem sabe, indica dias melhores para os torcedores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário