Atacante mostra ansiedade para conhecer nova cultura, mas admite real motivo de transferência: dinheiro para criar os dois filhos pequenos

Dancinha de Adriano virou negócio da China
As dancinhas de Adriano Michael Jackson duraram pouco mais de seis meses no Palmeiras. A partir de agora, ele vai desfilar com sua irreverência bem longe, em gramados chineses. Negociado pelo Fluminense por R$ 4,5 milhões com o Dalian Shide, o atacante se despede nesta sexta-feira dos companheiros que animou durante o período. Apesar de não ter brilhado tanto dentro de campo (apenas seis gols em 24 jogos), Adriano era um dos mais queridos no elenco, por sua irreverência e sorriso fácil. Animador oficial do Verdão, ele admite que vai sentir falta do cotidiano na Academia de Futebol.
- Com certeza vou sentir muita falta, mas agora sou um palmeirense. Estarei aí na torcida pelos meus companheiros – afirmou o atacante.
palmeirense foi para Sete Lagoas, no empate por 1 a 1 com o América-MG. Na saída dos vestiários, o atacante não economizava nos sorrisos, talvez sem saber a dimensão do que irá encontrar na China, país com cultura completamente diferente da brasileira. Adriano aprova a experiência, mas, com sinceridade, admite os reais motivos de sua transferência: sustentar os filhos Adriano Júnior e Clara Aylana, que têm suas iniciais estampadas em uma vistosa corrente que o jogador carrega em seu pescoço.
- Vou ganhar muita experiência, valorizar meu futebol, mas é claro que vou ganhar dinheiro. Se não fosse para ganhar dinheiro, eu não ia. Tenho meus filhos para criar – assumiu o atacante.
Mas o dinheiro não chegará facilmente aos bolsos de Adriano. Ele vai precisar se adaptar à cultura, aos costumes... E ao mandarim, língua oficial do país asiático.
- Não sei falar a língua deles não, mas qualquer hora eu aprendo. Vou comprar um livrinho para ver se entendo umas palavras. O futebol é universal – filosofou.
O atacante pretende usar a dancinha como porta de entrada no futebol chinês. Com contrato de quatro anos, ele terá muito tempo para ensinar seus passos aos novos companheiros.
- Na hora do gol todo mundo vai dançar. Pego amizade muito rapidamente com as pessoas, vou brincar muito, pode ter certeza. Mas já vou com vontade de voltar – afirmou Adriano.
Já no caminho do ônibus para deixar a Arena do Jacaré, o atacante disse que sairia dali ao som de sua música preferida, que revelou em entrevista recente ao GLOBOESPORTE.COM. “Saudade”, do grupo Raça Negra, era o que tocaria em seu aparelho sonoro. Talvez para ter uma ideia do sentimento que ele terá ao jogar em um lugar tão distante do Brasil.
Por: Wellington Costa
Fonte: GLOBOESPORTE.COM
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