sábado, 2 de julho de 2011

Santos ganha no " Sufoco "

Toques rápidos, criatividade, jogadas de efeito para empolgar a torcida? Nada disso. Santos e América-MG castigaram a bola neste sábado à noite, no Pacaembu, em jogo atrasado da sexta rodada do Campeonato Brasileiro. O que se viu foram vários erros de passe, chutes tortos, muitas faltas, furadas, divididas fortes e quase nenhuma jogada lúcida. O jogo foi tão ruim que o único gol da partida, a favor do Peixe, foi marcado pelo zagueiro Anderson, do Coelho, em jogada atrapalhada .
Com o resultado, o Santos deu um salto na tabela. Saiu da 17ª para a 11ª posição, agora com oito pontos e um jogo a menos que a maioria de seus concorrentes (o clássico contra o Corinthians, que seria disputado no último dia 19, passou para 10 de agosto). O Coelho segue na zona de rebaixamento. Está em 18º, com cinco pontos.


Os dois times entraram em campo buscando sair do grupo dos quatro últimos colocados, apesar de o Santos ter entrado em campo com a vantagem de um jogo a menos que o América-MG. Marcação sempre forte e atenta, tentando sufocar as saídas de bola do Coelho. Ao menos nos minutos oficiais, o Peixe mostrou que voltou a dar todas as atenções ao Brasileirão, após a ressaca pela conquista da Taça Libertadores - no primeiro duelo após o título, a equipe foi derrotada pelo Figueirense (2 a 1).
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Para melhorar as coisas para o Peixe, logo aos seis minutos, o zagueiro Anderson, mostrando total desatenção, acabou marcando um gol contra de forma bisonha. Sozinho, ele poderia até dominar o cruzamento de Danilo, mas acabou cabeceando para a própria meta.
O América tentava sair em velocidade para o jogo, mas tinha dificuldades para entrar na área santista. Até chegou a arriscar chutes de fora, mas Rafael não fez nenhuma defesa difícil. A dupla de ataque do Coelho, formada por Fábio Júnior e Alessandro, estava isolada à frente, pois Rodriguinho, bem marcado, não conseguia se aproximar. Assim, era comum ver um dos homens de frente, Fábio Júnior, principalmente, voltando para buscar a bola na intermediária.
Já o Peixe, ao contrário do que ocorreu na última quarta-feira, em Florianópolis, esteve bem mais atento. Tudo bem que voltou a apresentar dificuldade na armação de jogadas. Alex Sandro, que é lateral-esquerdo, foi escalado no meio para puxar o time à frente. Só que, como ala, ele tem o hábito de carregar demais a bola, o que acabou atrapalhando as jogadas em determinados momentos. Um exemplo da falta que Elano, Ganso e Neymar, todos servindo à Seleção Brasileira, fazem à equipe.
Cabia então ao time alvinegro depender de alguma investida mais esperta de Arouca e Danilo, que acabou saindo, machucado, ainda no primeiro tempo. No entanto, foram poucas as oportunidades em que os volantes apareceram bem. Em uma delas, a bola foi passada para Pará, que apareceu livre, de frente para o goleiro, e conseguiu fazer o mais difícil: chutou para fora.
danilo santos américa-mg (Foto: Mauro Horita / Agência Estado)
Logo no início do segundo tempo, o Santos perdeu Alex Sandro, que era o jogador que levava o time à frente. Ele sentiu uma fisgada na coxa direita. Como Danilo já havia saído, Muricy Ramalho colocou em campo dois volantes mais defensivos, Possebon e Charles. Assim, o Peixe passou a atuar mais recuado.
A equipe alvinegra apresentava força na marcação e conseguia roubar a bola, mas não sabia o que fazer com ela, já que faltava criatividade. Roger Gaúcho, único meia de ofício em campo, apresentava um relacionamento conturbado com a bola, que insistia em lhe escapar dos pés. Borges sofreu com essa inoperância da equipe branca. Passou o jogo todo brigando entre os zagueiros, observando o jogo de longe.
O América tentou se aproveitar disso. O técnico Mauro Fernandes colocou em campo o meia Fabrício no lugar do volante William Rocha. Com essa alteração, o Coelho passou a se aproximar mais da área santista e até a levar algum perigo. Houve, de fato, um esboço de pressão mineira. Faltou, porém, maior capricho nas finalizações. Com um time sem criatividade e outro sem pontaria, o jogo caiu demais, ficou chato e se arrrastou lentamente até o fim. Uma tortura para os quase seis mil torcedores que compareceram ao Pacaembu.

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